Cuidado: saiba como proteger dados pessoais na internet

Qual será a cara do seu filho? Como você seria se fosse do sexo oposto? Com quantos anos você irá casar? Muita gente não sabia, mas, ao participar de testes simples como esses no Facebook, muitos dos dados compartilhados estavam sendo acessados por empresas com interesses obscuros, geralmente não revelados na oferta da “brincadeira”. O medo de como as redes sociais podem ser usadas tomou conta do mundo, na última semana, com a descoberta da violação de dados de 50 milhões de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica, que atuou na campanha presidencial de Donald Trump. Ainda mais porque o caso envolve aquilo que todo mundo faz no site de Mark Zuckerberg: testes e curtidas.

Mestre em Ciência da Computação, e coordenador do curso de Sistemas de Informação das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), Amirton Chagas esclarece algumas formas de defender  imagem e dados na internet. “É muito difícil para o cidadão comum evitar que informações pessoais sejam coletadas e utilizadas. Todas as vezes que acessamos sistemas como redes sociais, aplicativos de transporte público ou privado, e-commerce e serviços de entretenimento, obrigatoriamente, nós cedemos alguns dados pessoais. Em mãos erradas, podem se transformar em algo sério e grave”, explica. Chagas completa ainda dizendo que, “podemos controlar nossa exposição ao definir limites do quanto de nossa vida iremos mostrar, por exemplo”.

 

Algumas regrinhas básicas – De acordo com o professor Amirton Chagas, algumas providências imediatas podem evitar uma dor-de-cabeça e prejuízos maiores: 

01)  Verificar se as permissões solicitadas por aplicativos e jogos integrados ao Facebook fazem sentido para a proposta que o programa oferece;

02)  Dar preferência para aplicativos de mensagem que usam criptografia ponta-a-ponta (como Whatsapp, iMessage ou chats secretos no Telegram). São ferramentas que contribuem para a privacidade das conversas;

03)  Evitar usar redes WiFi desconhecidas. Algumas são vulneráveis no quesito segurança e servem como isca para roubar dados dos internautas. Mesmo em redes oferecidas por empresas e órgãos governamentais, é importante considerar as motivações para o serviço de forma gratuita.