Foi durante a graduação na UNIAESO que Felippe descobriu o amor pela Tipografia. Quando ouviu falar sobre a disciplina, pertencente ao curso de Design Gráfico, devorou os livros sobre o tema antes mesmo de começar as aulas. E é nessa área que ele segue apaixonado desde então. 

O campo da confecção de letras foi onde ele se encontrou como profissional, e hoje expande sua carreira como diretor criativo da Holy Studio - marca especializada em design de bebidas premium, e também empreendendo em outros projetos. 

Seu foco, está, porém, na concepção, lettering e ilustração de embalagens e rótulos para produtos de luxo. O designer vem construindo sua identidade no mercado não só pelo Brasil, mas também em projetos internacionais, com clientes de países como os Estados Unidos e a Arábia Saudita.

O artista relata que sua presença no exterior começou ainda durante a faculdade, quando conseguiu seu primeiro cliente, da Índia, e, desde então, vê nesse meio uma maneira de alavancar seu trabalho. 

Para ele, manter contatos no exterior é fundamental para o negócio, não apenas pela rentabilidade, mas também pela credibilidade:

“Não é fácil, mas é muito interessante ter essa presença internacional porque você diversifica o tipo de cliente. O cliente lá não pechincha. Você consegue ter a valorização não só da moeda, mas também da negociação, ele não vai pedir desconto. E claro, mais credibilidade. As pessoas vão olhar “O cara atendeu uma pessoa de fora, por que ele não vai me atender aqui?”, disse.

ARTE DO PAPEL

Felippe trabalha com designs detalhados, que exigem além das ferramentas tradicionais de edição. Ele afirma que, para trabalhar com embalagens, é preciso saber muito mais. 

O papel, o acabamento, as medidas e o conceito são alguns pontos que precisam ser considerados ao desenvolver um projeto. O seu Instagram (@felippecavalcanti) é seu portfólio. Porém, o designer afirma que não são todos os projetos que realiza que entram como propaganda em suas redes.

“Eu posto no Instagram o tipo de cliente que quero adquirir. Eu faço projeto de marca, faço projeto mais moderno, só que eu não posto, porque quero que os meus próximos clientes me procurem pelo estilo que eu apresento".

“[...] Eu tenho que arrumar um cliente ou arrumar um projeto fictício para mostrar que eu tenho a capacidade de fazer a embalagem, para os clientes virem e procurarem por aquele estilo. Tem cliente que já chega com as próprias referências do trabalho…já é mais fácil, é meio caminho andado quando você já tem um nicho. Fui fazendo várias coisas até chegar nesse nicho e me manter nele”, completou.

No decorrer de sua carreira, o artista vem colecionando prêmios frutos de sua dedicação à arte, e os enxerga como uma legitimação do caminho que está seguindo.

“O Muse Awards e o Latin America Awards são dois bem conhecidos aqui. Ano passado também ganhei um prêmio no Rio Grande do Sul. Foi o primeiro ouro, então fiquei bem feliz. É importante para validar o nosso trabalho e trazer mais credibilidade para o cliente”, afirmou.