“A solidão ao andar pela cidade, flanando. Em meio ao caos, estamos sós, matutando, remoendo pensamentos, emoções, sentimentos. Ao mesmo tempo, procurando levar conosco o que é essencial para nós nessa jornada.”
É sobre isso que fala “Passando com água”, novo single da Banda Bule, que tem, em sua formação, dois ex-alunos de Produção Fonográfica da UNIAESO, Pedro Lião (voz, synth) e Carlos Filizola (guitarra, synth). O restante do grupo é formado por Berna Coimbra (contrabaixo), Kildare Nascimento (bateria) e Damba (percussão, programações), todos amigos, com gostos musicais complementares e o desejo em comum de criar um som pop autoral.
A letra do lançamento foi escrita em 2017, ano de início da Bule, por Pedro Lião e Toni Lamenha, que é amigo e parceiro da banda, mas não impede de ser lida e interpretada atemporalmente, inclusive, no contexto pandêmico.
Segundo o grupo, a nova faixa se sustenta na união entre o sintetizador e as congas, que ganham protagonismo no meio de uma batida acelerada, que remete ao desespero, presente na letra, de estar constantemente se remoendo e se questionando por dentro.
“As guitarras swingadas são fortemente inspiradas no pernambucano Siba e as linhas melódicas, das clássicas trilhas sonoras do compositor italiano Enio Moricone. Tudo isso termina numa mixagem de Benke Ferraz, do Boogarins, que também adiciona seus timbres e efeitos, dando uma roupagem especial à faixa”, afirma Berna.
Este é mais um lançamento do grupo, que começou 2021 apresentando o single “Muito Novo” ao público e o projeto “Sessão de Verão”, em que transforma as músicas para o formato ao vivo, em clima tropical. E a previsão é de mais estreias para este semestre.
SAIBA MAIS SOBRE A BANDA
Bule é um projeto recifense de música brasileira, dançante e tropical que explora timbres, sonoridades e estéticas dos anos 1980, onde estão fervidos o orgânico e o eletrônico, o beat e a conga, o synth e a guitarra.
Após um ano e meio buscando referências de timbres, compondo e maturando a identidade do trabalho, a bule se junta a Benke Ferraz (Boogarins) para a produção do primeiro álbum, “Cabe Mais Ainda” (2018). As letras remetem ao cotidiano e seus desdobramentos, construídas em dupla por Pedro Lião e Toni Lamenha (amigo do grupo), e a identidade visual, elaborada em parceria com Gabriela L’amour, se inspira nos anos 1980.
Com o lançamento do disco, a bule participou de festivais como Coquetel Molotov - PE, Bananada - GO, Mada - RN, Wehoo - PE e Bicicleta - PB. Também se apresentou em 12 cidades diferentes de 3 regiões do Brasil e dividiu palco com grandes nomes da música brasileira e internacional, como General Elektriks (FRA), Boogarins, Céu, Mombojó e Romero Ferro.
Em 2020, a banda é uma das selecionadas do edital Aceleração Musical LabSonica, do Oi Futuro em parceria com o Estúdio Toca do Bandido, do Rio de Janeiro. O edital contemplou fases de mentorias a distância com profissionais renomados de várias áreas da música e um festival online. Encerrado com o lançamento de três singles “Boto o Olho”, “Baby” e “Certo”. As duas primeiras gravadas no Toca do Bandido e a última lançada em vídeo numa versão ao vivo do estúdio da Oi Futuro no Rio de Janeiro.