John Oliveira criou o “Surdo Sou”, que interpreta placas, imagens e outros itens para as libras
Segundo os dados do censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no ano de 2010, a surdez ocupa o terceiro lugar entre as ocorrências de deficiência no país, atingindo 9,7 milhões de pessoas. Apesar desse número expressivo, apenas em 2002 a Língua Brasileira de Sinais passou a ser reconhecida como oficial.
Com o objetivo de aumentar a mobilidade urbana do surdo, mesmo em situações nas quais o interprete humano não está disponível, o aluno do 5º período do curso de Design Gráfico da AESO-Barros Melo, John Oliveira, criou o desenho das interfaces do Surdo Sou, aplicativo que interpreta placas, imagens, paisagens, obras de arte, totens de informação, entre outros itens, para a linguagem em libras.
Utilizando as novas tecnologias, o programa usa a realidade aumentada para gerar um personagem digital que interpreta aquilo que está no foco da câmera, usando a língua de sinais. Fazer o projeto proporcionou ao universitário a oportunidade de interagir com a comunidade surda e aprender a respeito das linguagens, tendo contato com o papel do designer e sua responsabilidade nas interações sociais e na materialização da acessibilidade.
No processo de criação do trabalho, que foi orientado pelos professores Igor Cabral e Nara Castro, John Oliveira avaliou o cenário, padrão cromático, mockups, entre outros detalhes: “O acompanhamento dos docentes foi fundamental pra estruturar os objetivos do projeto, a base teórica e a metodologia a seguir. Foi a partir do espaço seguro, proporcionado pela AESO-Barros Melo, mestres, funcionários e colegas de turma que eu pude respirar, aprender e me desenvolver. Me senti acompanhado, valorizado e incentivado a dar o meu melhor”, finaliza.
Caso consiga apoio e financiamento, o Surdo Sou poderá ser desenvolvido e utilizado em aparelhos que utilizem o sistema IOS ou Android.
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